01 fevereiro 2009

Medos ...

A propósito de um desafio colocado em blogue por um amigo que nos questionava quais os medos que nos assolam.
Os meus são :
- Solidão ;
- De me sentir encurralada ;
A propósito destes dois itens escrevi um texto (muito intimista) por alturas do Verão do Mundial de 2004 onde afirmava que "ser adulto é alguém que consegue conversar consigo mesmo e aproveitar tudo o que aprendeu para afugentar temores e ir lidando com os medos ". Esses medos que são tão irracionais e infantis como os de sempre que, talvez já não se configurem em papões e escuro mas que testemunham a mesma angústia de não ser aceite, amado e/ou de ser feliz. Desses medos, pelos quais, somos assaltados só posso afirmar que, os são limados e progressivamente anulados, se tivermos a nosso lado, amigos, namorados, irmãos ou outros com os quais nos possamos permitir desabafar e que, acima de tudo nos consigam compreender ( mesmo que seja só em parcelas.
- Da indiferença;
- De danos irreversíveis ( cegueira, audição) e
-De danos psíquicos permanentes- saúde ( porque de poeta e de louco todos nós temos um pouco)
A indiferença com que somos brindados diariamente, que nos empobrece a alma, a tal ausência de essência.
É talvez um dos meus maiores receios. Podemos ser catalogados como "muito diferentes" ou "especiais" (revela aquele modo encontrado para definir qq pessoa que fuga às regras normalmente aceites em sociedade).
Essa "diferença" se existe e se exprime aliada à criatividade, inteligência e/ou sensibilidade convive sempre com quantidades de sofrimento ( se é que o mesmo pode ser quantificado- aí está uma ideia criar um instrumento que o medisse) indescritível.
Mas Marco Aurélio estava correcto quando afirmava que "se for perturbado por algo externo a dor não se deve à causa mas à importância que se lhe der: e é isto que pode anular a qualquer momento".Vamos combatê-los ao estilo ghostbusters lol
Sem audição perderia o direito a um dos maiores prazeres da minha vida: a música. Aquela que em todos os momentos me acompanhou, acompanha e acompanhará completando-me, pressionado-me até a questionar o meu caminho por estas bandas mas deliciando-se sempre.
Quanto á visão e uma vez que já sofri 2 intervenções cirúrgicas dou uma tremenda importância à mesma, pois sem a mesma não poderia desfrutar em pleno das inúmeras maravilhas que a natureza e quiçá o mundo ainda tem para nos oferecer.
Quanto aos danos psíquicos ninguém está livre de presenciar a algo chocante, vivenciar algo horrendo ou ter um depressão e/ou esgotamento nervoso. É sempre complicado lidar com estas situações ainda que esteja ao nosso alcance a medicamentação para ajudar alguns casos, recorrer a algum técnico especializado ou até buscar fé a uma qualquer religião para que se possa voltar a fortalecer e consiga encarar a vida de novo com outros olhos.
Quais são os vossos ?

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